Dia aberto da UÉ uma aposta ganha

A Universidade de Évora (UÉ) abriu as portas, no dia 3 de abril, a mais de duas centenas de jovens do ensino secundário para participar nas ações preparadas especialmente para o este Dia Aberto. Sob o lema «Experiência UÉ», estudantes vindos de vários pontos do país, participaram nas atividades organizadas pela UÉ, através das quais, foi dado a conhecer a potencialidade da Universidade ao nível do ensino e da investigação.

“Se os exames correrem bem serei mais um a fazer parte desta família que é a Universidade de Évora”, garante Rúben Caldeira, que veio de Lagos para participar nas atividades na área da história e arqueologia, e ficou a conhecer com maior detalhe os locais emblemáticos da cidade Património Mundial Unesco desde 1986, na visita guiada “Descobrir Évora”, promovida pelo Núcleo de Estudantes de História da UÉ. No final da manhã, entre o Templo Romano e o Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, que acabara de visitar, Rúben Caldeira revelou estar “encantado” com Évora, “uma cidade muito acolhedora”, onde espera “passar bons anos”, como aluno da academia alentejana.

Beatriz Martins, Carolina Ganchas e Ângela Fonseca ficaram a saber do Dia Aberto da UÉ na Futurália e resolveram inscrever-se. Vindas da região centro do país, mais concretamente da zona de Alenquer, optaram pelas atividades na área do design. A escolha foi fácil para estas colegas e amigas, porque gostam de “estar rodeadas de ambientes artísticos” como referem, enquanto percorrem com o olhar as inúmeras pinturas, cavaletes, maquetas e todo o tipo de instalações produzidas pelos alunos da Escola de Artes, num ambiente que convida de facto à originalidade e convoca a criatividade.

Com outros interesses, Sandra Galandim, a frequentar o décimo segundo ano em Reguengos de Monsaraz participou nas atividades em enfermagem, e as expectativas não saíram goradas, ao ficar “surpreendida com as instalações”, sobretudo pelos muitos laboratórios que a Escola Superior de Enfermagem S. João de Deus da Universidade de Évora tem nas diversas áreas da enfermagem.

«Os insetos e a agricultura», «o que é um biofilme», «rochas ao microscópio» ou «o que é ser médico-veterinário e qual o seu papel na sociedade» foram algumas das atividades propostas na área das Ciências e Tecnologia que decorreram no Colégio Luís António Verney e no Polo da Mitra, ambiente privilegiado de ciência e investigação, uma das três herdades experimentais da UÉ, que ocupam mil quinhentos e vinte e sete hectares.

Integrado no programa do Dia Aberto, o Comissário Europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, participou numa palestra sobre “Jovens e a Europa”, deixando a mensagem que, “nunca acreditem naqueles que, por estarem fora do sistema, pensam que se nos fecharmos vamos ganhar alguma coisa com isso. Nunca ganhámos em fechar as fronteiras e o mundo só enriquece se nos abrirmos”, afirmou o Comissário.

Ao nível regional, Carlos Moedas apontou que a tecnologia “só pode trazer vantagens para a região”, dando como exemplo a utilização desta no sector agroalimentar, que tem "criado postos de trabalho e novas profissões”. A encerrar o dia, após atuação do Grupo Académico Seistetos no Colégio do Espírito Santo, o Comissário Europeu visitou o Laboratório Hercules, infraestrutura de investigação da Universidade de Évora, dedicada ao estudo e valorização do património cultural, com especial enfase na integração de metodologias das ciências físicas e dos materiais em abordagens interdisciplinares.

Publicado em 09.04.2018
Fonte: GabCom | UÉ