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Conferência
Morrer como um burro: jansenismo estético em Au Hasard Balthazar, de Bresson
Claudio Rozzoni, Investigador de pós-doutoramento na IFILNOVA
Apresentação do Livro de Carlos J. F. Jorge – Moradas, Aparições e Intrigas
Prof. Doutor José Manuel Martins, Departamento de Filosofia da Universidade de Évora
Conferência
Changeling, de Clint Eastwood, como modelo exemplar do grande cinema clássico americano e exemplo perfeito do Modo Institucional de Representação
Carlos J. F. Jorge, Professor Emérito da Universidade de Évora
27 de Abril 2018 | 16h00 – 19h00 | Sala 110 | Colégio do Espírito Santo
Sessões de Cinema Comentadas
Au hasard Balthazar (Robert Bresson, 1966)
Apresentação e Comentário de Claudio Rozzoni
26 de Abril | 21h30 | Auditório Soror Mariana
Changeling (Clint Eastwood, 2008)
Apresentação e Comentário de Carlos J. F. Jorge
27 de Abril | 21h30 | Auditório Soror Mariana
Claudio Rozzoni
1. Short Bio
Claudio Rozzoni obtained his Ph.D. in «Aesthetics and Theory of Art» from the University of Palermo. He then developed two post-doctoral research programs about the notion of image at the University of Milan (the first starting from both Husserl’s and Fink’s works, while the second dealing with Diderot’s Salons). He is currently a post-doctoral researcher at the IFILNOVA of the New University of Lisbon, with a project focusing on the philosophical significance of film image and its relationship with reality.
2. Title and abstract of the conference
To Die as a Donkey: Aesthetic Jansenism in Bresson’s «Au hasard Balthazar»
In June 1961 in «Cahiers du cinema» Jacques Rivette wrote a very well-known article, entitled «Of Abjection», in which he condemned the moment when, in Pontecorvo’s «Kapò», the death of a woman committing suicide by throwing herself onto an electric barb wire is shown by a «forward tracking shot». Over and above that, Rivette’s condemnation regards one of the most delicate questions about the possibilities of representation, that is to say the question of the possibility to depict horror and death. These subjects, as Rivette puts it, can be «approached only with fear and trembling». The cinematographer’s eye of a director like Robert Bresson seems to offer us a paradigmatic image of an innocent (a-theatrical) death: the agony of a donkey (Balthazar), «present in all its purity, its tranquillity, its serenity, its sanctity».
3. A brief presentation of the film
Au hasard Balthazar (1966) is a universally recognized Robert Bresson’s masterpiece. Bresson stated that the film concerns our anguish, our passion, in the face of a living creature that is pure humility, pure sanctity: a donkey named Balthazar. The very image of a donkey and the issue of its destiny is the dominant element of the film. Bresson ‘simply’ shows us the stages of his life: its early years, its suffering, its death, and, as Michael Haneke pointed out, «tells – in fragments – the story of those who cross Balthazar’s path».
Carlos Jorge Figueiredo Jorge
1. Short Bio
Jornalista, editor de páginas culturais no Notícias da Beira, em Moçambique, na Vértice e DN em Portugal. Professor do Secundário até finais dos anos 80 do século findo, e da Universidade de Évora, desde 1987, até 2004, onde se jubilou com 70 anos, em 2014, como Professor Associado c/Agregação. Emérito, na mesma Universidade, em 2016. Autor de vários livros e artigos versando, essencialmente, as perspectivas literárias e cinematográficas, em modelos comparatistas, e argumentações mais conceptualizadas do fazer crítico e teórico relativamente à literatura, o cinema, a banda desenhada e a as práticas culturais em geral.
2. Title and abstract of the conference
Changeling, de Clint Eastwood, como modelo exemplar do grande cinema clássico americano e exemplo perfeito do Modo Institucional de Representação
A organização composicional que nos aparece como dominante, no filme de Clint Eastwood, Changeling, é a do melodrama. A intriga que desenvolve assemelha-se, nos seus traços gerais, a muita da produção cinematográfica que se designa por film noir. Este género, que se tornou avassalador no cinema americano dos anos 30 e 40, não pode ser estritamente circunscrito a essas décadas e, por outro lado, tem muitas emergências no cinema europeu (Melville, Visconti) ou mesmo oriental (Kurozawa). Um dos traços marcantes deste género – que se tornou um verdadeiro supergénero nos EUA – é o modo como constrói um “ar de família” pelo recurso a procedimentos herdados dos expressionismo alemão (os ambientes opressivos, a predominância do negro ou da obscuridade) a intriga policial (o crime, a investigação) o gótico (a ameaça tenebrosa, o mistério atemorizante) e, pelo tratamento destacado ou mesmo preferencial da condição da vítima ou da personagem perseguida, o melodrama.